Deu cobra python nos sapatos, bolsas e roupas para o verão

                                                                        Botinha com tiras em tonalidade roxa da Invitto, com pele de python. Foto: Rosângela Espinossi/Ponto a Ponto Ideias  
                                                                                Deu cobra, literalmente. E, principalmente, cobra python nos lançamentos de acessórios no salão de negócios da 8ª. edição do Minas Trend Preview. Em tempo de discussão sobre o uso de pele e couro de animais na moda, grande parte dos expositores de calçados e bolsas apostou no material original para criar objetos dos mais variados modelos, tamanhos e cores. Há também couro de vaca prensado com textura de cobras tradicionais - não necessariamente python -, e couro ecológico.
As peles do animal são importadas de países da Ásia, como Indonésia, e certificadas - como garantem os fabricantes - pelo Ibama, uma vez que é proibido abater cobra brasileira para este fim. "Algumas de minhas bolsas são de cobras que os nativos da Indonésia matam de acordo com a cultura local. Têm mais de 50 anos e o couro chega a medir 50 cm de largura por 10 metros de comprimento", disse Juliana Armelin, proprietária da marca que leva seu sobrenome.
André Alexandre, estilista da marca Lis Simon, lembra que a python é um clássico. "A mulher compra uma peça hoje para usar por vários anos 5, 10 ou mais". Os acessórios expostos no salão vão agradar a mulheres de todos os gostos e estilos. Há python de cores clássicas e básicas, como bege, branco e preto. Há as supercoloridas - tendência que se mantém firme e forte, inclusive em outras texturas e materiais - e as com desenhos estampados sobre a pele do animal, como fez a Cavage. O tratamento em tie dye tanto em tons fortes e contrastantes quanto em pastel ou neutros mostram a versatilidade do material. Os couros de vaca prensados com a textura de cobra também ganham cores e estampas, algumas com nada a ver com cobra, como flores.
Nos pés, sandálias, escarpins, tiras e os tipo Oxford. Nas mãos, clutch, carteiras maiores, bolsas médias ou enormes. "Minhas clientes pedem modelos grandes", afirmou Cris Pineroli, da marca que tem sua assinatura.
Além dos acessórios, a python promete também ser muito vista nas roupas. Patrícia Motta mostrou em seu desfile tops, jaquetas, hot pants feitos com a cobra. Uma tendência que promete pegar, desde que sua consciência permita e seu bolso ajude. Uma bolsa pode custar caro, chegando à casa do R$ 5 mil         

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